quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Mais uma boa noticia para os casais homoafetivos.

Noticia enviada pela companheira Taís Santos do COMLÉS - PE

Estado assegura pensão para casais homoafetivos







 Fundação de Aposentadorias e Pensões dos Servidores do Estado de Pernambuco (Funape) dará a concessão em caso de morte de companheiro ou companheira homossexual

Os casais homoafetivos acabam de obter mais uma conquista. A Fundação de Aposentadorias e Pensões dos Servidores do Estado de Pernambuco (Funape) publicou no Diário Oficial da última segunda-feira a instrução normativa número 6, que dispõe sobre a concessão de pensão por morte de companheiro ou companheira homossexual.
 Em Pernambuco, os municípios do Recife e Paulista já incluíram os parceiros de servidores homossexuais na previdência por meio de projetos de lei apresentados nas respectivas câmaras de vereadores.
Ontem, no primeiro dia de vigência do benefício, não houve procura pela pensão na Funape, mas Dácio Rossiter, diretor-presidente da fundação, adiantou que a pensão sai em menos de um mês. Isso se os documentos do candidato a beneficiário estiverem completos. "Concedemos dentro desse prazo para que a pessoa não se prejudique pela falta do salário", explicou.
O anúncio da pensão era uma promessa do governador Eduardo Campos da época de campanha e foi lembrada, em setembro, no dia da 8ª Edição da Paradapela Diversidade Sexual de Pernambuco, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. Segundo Benedito Medrado, do Instituto Papai, as entidades ligadas aos direitos das pessoas homossexuais já cobravam a publicação da decisão há pelo menos dois anos. "Isso foi prometido no dia do debate entre três candidatos a governador na boate Metrópole, na presença da imprensa, e desde então passamos a acompanhar o cumprimento da promessa. A promessa de campanha foi repetida no dia da parada pela diversidade, que não é só um movimento festivo, mas de cobrança de políticas públicas também", lembrou.
Mais direitos - Medrado disse, ainda, que o Fórum LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) também está na expectativa da implantação de uma instância pública no governo do estado que terá a função de cuidar dos direitos do grupo. "Ainda não sabemos se terá o status de uma secretaria, assim como existe a Secretaria da Mulher", anunciou.
Dácio Rossiter lembrou que a instrução normativa segue, inclusive, pronunciamentosdo Superior Tribunal de Justiça (STJ) que já deram direito à pensão por morte a companheiros homossexuais de segurados de regimes de previdência. "Considerando o conteúdo ético e moral do princípio constitucional da isonomia e da dignidade da pessoa humana, que reclamam um tratamento jurídico igualitário, plural e democrático de todos os brasileiros, independentemente da cor, raça, nacionalidade sexo e orientação sexual de cada um", diz um trecho do documento. As pensões requeridas por companheiro ou companheira de mesmo sexo seguirão a mesma rotina do previsto para os casais heterossexuais.
Para obter o direito, o viúvo do servidor precisa apresentar alguns documentos que comprovem a união estável, que pode ser a declaração de imposto de renda do segurado ou do interessado relativo ao exercício anterior do óbito, disposições testamentárias realizadas entre os companheiros, prova do mesmo domicílio (contas de água, luz, telefone), conta bancária conjunta dos companheiros, entre outros. Este ano, em Paulista,o primeiro beneficiado com a lei municipal foi Valter Sebastião Filho, de 38 anos, que perdeu o companheiro em um acidente de carro.
Outro avanço comemorado pelos homossexuais no estado foi uma decisão inédita no Brasil do juiz Élio Braz, da 2ª Vara da Infância de Recife. Em 2008, ele emitiu sentença favorável a um casal homossexual que se inscreveu no cadastro de adoção para cuidar de duas crianças. Outras sentenças brasileiras já beneficiaram pessoas do mesmo sexo que vivem juntas, mas, em ambos os casos, cada parceiro entrou com o pedido na Justiça sozinho, e não como um casal. Mais informações junto à Funape pelo fone: 3183-3800.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Notícias importantes para o Público LGBT.





Presidência da República, cria a Coordenação Geral de Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – LGBT

Decreto nº 6.980, de 13 de outubro de 2009, que regimenta nova estrutura da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, da Presidência da República, cria a Coordenação Geral de Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – LGBT.
Vinculada a Subsecretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, está lotada no novo Departamento de Promoção dos Direitos Humanos.
O Decreto, além de institucionalizar a Coordenação das políticas de promoção da cidadania LGBT e combate à homofobia, também vincula a criação do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – LGBT.
O Decreto foi publicado em 14 de outubro de 2009, no Diário Oficial da União, assinado pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com subscrição do Ministro Paulo Bernardo e da Ministra Dilma Roussef.
Ambas as ações foram assumidas pelo Governo Federal no Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos LGBT.
 Por Eduardo Santarelo Lucas



 Foi promulgada a Constituição do Estado do Ceará com a inclusão do termo "combate à discriminação em razão da orientação sexual".


Assim, o texto constitucional ficou:

Art. 14. ...

III - defesa da igualdade e combate a qualquer forma de discriminação em razão de nacionalidade, condição e local de nascimento, raça, cor, religião, origem étnica, convicção política ou filosófica, deficiência física ou mental, doença, idade, atividade profissional, estado civil, classe social, sexo e orientação sexual;
 
Noticia enviada por Luanna Marley -Grupo Lamce
 
Decisão do STJ - autoriza transexual a mudar nome e sexo
 
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou nesta quinta-feira (15) que um transexual tenha seu nome e sexo alterados no registro de nascimento. Por unanimidade, os ministros da 3ª Turma reverteram decisao do Tribunal de Justiça de São Paulo, que havia negado as mudanças, sob a alegação da "imutabilidade dos dados em registros civis". Com a decisão desta tarde, o transexual, que já passou por cirurgia de mudança de sexo, deixará oficialmente de se chamar Clauderson e passará a se chamar Patrícia. Por sugestão da ministra relatora do processo, Nancy Andrighi, a mudança não poderá constar na certidão de nascimento, mas apenas nos livros do cartório.

Assim, não será possível que, quando apresentado o registro de nascimento, se constate que o documento pertence a uma pessoa que mudou de sexo. A defesa do transexual alegou no processo que a aparência de mulher ao contrastar com o nome e o registro de homem causa-lhe "transtornos e dissabores sociais, além de abalos emocionais e existenciais".
"Se o Estado consente com a possibilidade de realizar a cirurgia, logo deve prover os meios necessários para que o indivíduo tenha vida digna como se apresenta perante sociedade", afirmou a ministra relatora.
Apesar de não possuir caráter vinculante, a decisão poderá servir de parâmetro para futuros casos de mudança de nome e sexo que sejam questionados no STJ ou em outros tribunais.

Autor: Diego Abreu Do G1, em Brasília


quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Universidade Feminista




O que é a Universidade Feminista?

"A Universidade Livre Feminista é um programa iniciado pelo Centro Feminista de Estudos e Assessoria - Cfemea, com o objetivo de apoiar a formação de pessoas para o movimento feminista para ajudar na luta dos direitos sexuais e reprodutivos, pela igualdade de gêneros, defesa do Estado laico e pela construção de uma sociedade justa, sem exploração, machismo ou qualquer outra forma de dominação e fundamentalismo. Os cursos serão elaborados em parceria com entidades feministas e outros movimentos. As parcerias firmadas vão constituir, ao longo do tempo, a base da coordenação política e pedagógica da Universidade. "

Como Participar?



"Sempre haverá um meio para você vir conosco nessa caminhada contra o machismo, o racismo ou qualquer outra forma de dominação e fundamentalismo.
A Universidade Livre Feminista é um espaço de formação das mulheres feministas, de estudos e ação pela construção de uma sociedade justa, sem exploração e sem pessoas exploradas. Vamos construir uma sociedade de igualdade entre homens e mulheres, com respeito aos direitos sexuais e reprodutivos.
Por isso, teremos cursos de formação e de especialização. Alguns serão gratuitos e abertos para todas as pessoas, outros terão algum tipo de mensalidade ou serão orientados a um determinado segmento de público. Nossa intenção é facilitar ao máximo a participação de militantes sociais nesses processo.
Como espaço de liberdade e de luta, além de realizarmos cursos, vamos promover debates permanentes e ajudar em estudos, pesquisas e reflexões.
Aqui as organizações feministas terão oportunidade de elaborar e difundir seus programas de formação e todas as feministas poderão aprofundar seus conhecimentos e construir novos saberes.
Estamos na fase de implantação da Universidade. Neste primeiro momento há somente um programa de formação relacionado ao Seminário Nacional 'As mulheres na Democratização da Gestão Pública e o Projeto Feminista', realizado recentemente pelo Cfemea, SOS Corpo e Articulação de Mulheres Brasileiras. Têm acesso a esta atividade somente as pessoas que participaram do Seminário e estão ajudando a preparar um curso sobre o Plano Nacional de Políticas para as Mulheres (II PNPM).
Em breve esperamos ter vários cursos. Mas você pode participar dos fóruns de debates e construir com a gente outras propostas de cursos e de espaços de discussão.Nos envie uma mensagem com suas sugestões, observações ou críticas: nosso endereço é contato@feminismo.org.br "


Texto extraído do site http://www.feminismo.org.br/


terça-feira, 13 de outubro de 2009

Cancêr de Mama : A saúde da mulher é uma das nossas bandeiras de luta!

Noticia enviada pela companheira Tereza Marques(Estrela)


Outubro Rosa: o mês e a cor da luta contra o câncer de mama.


Uma das doenças mais temidas pelas mulheres, senão a mais temida, é o Câncer de Mama. Esta forma da doença é a que mais causa mortes entre as mulheres, no Brasil e também nos outros países ocidentais.

Relativamente rara entre mulheres com menos de 35 anos, a enfermidade não só é temida por suas implicações físicas, como também pelas psicológicas; já que afeta a estima sexual da mulher, além da imagem que ela tem de si. Por isso, nunca é demais abordar este tema e reforçar a importância da prevenção.

Pensando exatamente na relevância desta conscientização, várias cidades pelo mundo estão cobrindo-se de rosa este mês. É o Movimento Outubro Rosa, que surgiu há 10 anos, na Califórnia, nos EUA. Outubro foi escolhido como o mês simbólico da luta contra o Câncer de Mama, e a campanha surgiu como mais um esforço mundial de conscientização da população e das autoridades de saúde para combater a doença

Vários países vêm, desde então, engajando-se no movimento. No Brasil, desde o início do mês, diversas cidades já têm exibido seu apoio, iluminando com luz rosa vários pontos turísticos ou importantes de sua cidade. No Rio de Janeiro, o Cristo Redentor já foi iluminado assim. Lojas, escritórios e restaurantes de ruas de São Paulo também, e por todo o país acontecerá o mesmo. Em Petrópolis, por exemplo, entre os dias 23 e 31 de Outubro vários monumentos e pontos turísticos da cidade estarão iluminados de Rosa. Além da luz especial, acontecerão também shows e palestras sobre o tema. Veja a agenda dos eventos pelo país.

Alguns fatores como casos familiares, primeira menstruação muito cedo, menopausa tardia, ter tido filhos depois dos 30 ou não os ter tido, aumentam a possibilidade de surgimento da doença. Portanto, não custa lembrar e relembrar a importância de se prevenir.

A mulher não deve deixar de se examinar, nem de visitar o ginecologista e precisa estar atenta aos sintomas que ela mesma pode perceber como nódulo no seio, acompanhado ou não de dor mamária. Em alguns casos, a ocorrência da doença pode ser notada também pelo surgimento de alterações na pele que recobre a mama, como retrações ou um aspecto semelhante a casca de uma laranja. Podem também surgir nódulos palpáveis na axila. Saiba mais no guia Saúde da Mama.


Por isso, neste mês de outubro você pode fazer parte desta ação. Homens, crianças, adolescentes e mulheres devem estar informados sobre a doença e podem fazer a sua parte na divulgação deste importante movimento. Vale se vestir de rosa, colocar algum lenço desta cor da janela de casa, no carro ou mesmo no seu local de trabalho, oferecer rosas, enfim, mostrar a necessidade de estar consciente e de conscientizar mais pessoas. Se você é mulher, além de tudo isso, sua responsabilidade em diminuir essas estatísticas de casos fatais é ainda maior, assim fique atenta ao seu próprio corpo.


O Câncer de Mama pode ser tratado e a prevenção é o melhor caminho para o sucesso de qualquer tratamento. Assim, não só outubro será cor de rosa, mas também todos os outros meses da sua vida e da vida daqueles que amam você!

domingo, 4 de outubro de 2009

Noticia Importante

Noticia enviada pelo companheira Joyce Alves - Núcleo Pedagogico Grupo Luas.

Sem argumentos para contestar Minc, a saída do governador Puccinelli foi humilhá-lo com ira homofóbica




Debora Diniz* - O Estado de S.Paulo



Há quem pergunte se Carlos Minc foi ou não vítima de homofobia. Sem eufemismos, o governador do Mato Grosso do Sul o ameaçou de estupro em praça pública e o descreveu como "veado". O tema da conversa era o plantio de cana-de-açúcar em uma bacia hidrográfica da região. Mas, na ausência de argumentos técnicos para criticar as decisões do ministro, a saída foi humilhá-lo pela ira homofóbica. André Puccinelli se desculpou pelo tom de ofensa que suas palavras assumiram na imprensa. Segundo ele, "o ambiente era diverso" por ocasião das declarações.
Saí à procura de ambientes onde a ira homofóbica poderia ser tolerada em nosso ordenamento democrático. Homofobia é uma ideologia que oprime expressões da sexualidade diversas da heterossexualidade. A discriminação pode se dar por injúrias, ameaças ou atos violentos. A homofobia humilha, mas também mata. O estupro é um dos dispositivos mais perversos de controle do corpo homossexual pela ira homofóbica. O mesmo sexo que ofende a moral é o sexo a ser castigado pela norma heterossexual. Não foi por acaso que Puccinelli ameaçou o ministro de estupro em praça pública. Como no período medieval, a humilhação à luz do dia garantiria o controle do corpo desviante.
Há países em que o homossexualismo é crime. Em uns poucos, punem-se as práticas gays com pena de morte. Entre nós, até pouco tempo desejar um corpo igual era receber uma classificação psiquiátrica de perturbação mental. Ser gay era ser doente mental. Ainda hoje há quem sustente a possibilidade de cura para o desejo homossexual, uma prática cuja seriedade é cada vez mais contestada nos meios acadêmicos. Mas é na ordem moral que o principal desafio da igualdade sexual se localiza. Para Puccinelli, a acusação de homossexualidade ofenderia a honra do ministro. Além de ameaçá-lo em sua virilidade, a punição pública seria o estupro - a demonstração máxima do poder masculino sobre os corpos femininos.
É vulgar desbravar a intimidade do ministro para inquiri-lo sobre suas práticas sexuais privadas. Mas é também covarde não descrever a ameaça de estupro do governador como violência. Para analisar esse incidente, basta avaliar a intencionalidade da ofensa homofóbica de Puccinelli. A sexualidade, assim como outras escolhas sobre como se quer viver a vida, é matéria de ética privada. Nesse incidente, o deslocamento do público para o privado tinha um único objetivo - silenciar o ministro por meio da humilhação homofóbica. Essa é uma das estratégias mais comuns da homofobia: ao invadir a intimidade, silencia-se o indivíduo pela vergonha e pela ameaça da violência física ou moral.
Se homofobia humilha e mata, seria razoável não haver ambientes homofóbicos tolerados por um Estado democrático. Não sei qual foi o "ambiente diverso" que justificou as palavras de Puccinelli, mas há dezenas de grupos religiosos homofóbicos no Brasil que defendem a homofobia como uma forma da liberdade de expressão. Alguns desses grupos, além de descreverem o homossexualismo como perversão moral, promovem rituais de conversão à heterossexualidade em cultos públicos. Assim como parece ter sido o caso do governador do Mato Grosso do Sul, não se reconhece dignidade fora da norma heterossexual. O resultado é que a homofobia seria um direito, falsamente assentado na liberdade religiosa.
A lógica dessa moral homofóbica é simples. A heterossexualidade seria a norma da natureza. Na natureza, só haveria machos e fêmeas, homens e mulheres. O restante seriam patologias da modernidade. O binarismo de gênero fundamentaria a moral sexual em que a reprodução biológica se sobrepõe à reprodução social. Só as uniões heterossexuais garantiriam a reprodução da espécie. Só os casais heterossexuais seriam uniões aceitáveis para a constituição de famílias. Em nome de uma falsa naturalização da moral heterossexual, a ideologia homofóbica se vê fortalecida e protegida pelo manto da liberdade de crença e expressão. Por isso, o direito à expressão homofóbica não causa o espanto que deveria entre nós.
Essa é a força da ira homofóbica. Ela não se descreve como violenta, mas simplesmente como uma expressão legítima das crenças individuais de uma cultura patriarcal, que sustenta a supremacia heterossexual e masculina. Mas não há direito à homofobia. A homofobia é uma ofensa à dignidade humana e um crime contra a integridade individual. A intimidade deve ser uma esfera da existência inviolável para o confronto público de ideias. Não há "ambiente diverso" onde a homofobia possa se expressar isenta da censura democrática que reconhece o direito à sexualidade como uma expressão da liberdade.



*Antropóloga, professora da Universidade de Brasília e pesquisadora da Anis - Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero

sábado, 26 de setembro de 2009

Blogs como ferramentas de lutas!



A internet trouxe,com toda a sua democracia,espaços para colocarmos nossas opniões,criarmos espaços para debates e usarmos totalmente da nossa liberdade de expressão.O blog é um destes caminhos para que possamos interagir,discutirmos assuntos de comum importância e articularmos grandes manifestações.O incrivel destes recursos é o contigente que podemos atingir divulgando nossas bandeiras de lutas e nossos ideais como mulheres lésbicas e feministas.
Segundo um artigo da autora Rosa Meire Carvalho de Oliveira – UFBA "No campo da presença política das mulheres no cenário social, a possibilidade de possuir e manter em funcionamento um blog tem significado para elas a abertura de um espaço de expressão, que, historicamente, nem sempre esteve disponível. Curiosamente, blogs escritos por mulheres têm recebido na Net uma carga pejorativa, tal qual enfrentou a escrita pública de mulheres ao longo dos séculos."
Diante desta situação é nosso dever,como militantes conscientes,dismistificar essa carga negativa e mostrar que temos embasamento no que falamos e que nossas atitudes são baseadas nas nossas ideologias nas quais lutamos e acreditamos.As posturas apresentadas em nosso blog são para levar conhecimento político de forma ética trazendo polêmicas que são mazelas sociais como a desigualdade social,os preconceitos e opressões que vem se perpetuando através da sociedade machista e patriarcal.Além dos blogs ainda temos outros sites de relacionamento como o "ORKUT e o NING"que são usados para levar as mensagens pregadas por nós feministas de forma coerente e responsável.
A internet,apesar de parecer uma terra sem lei,pode ser sim usada como ferramentas de lutas!O importante é informar e trocar conhecimentos para emponderarmos as companheiras que estão conosco e as que chegarão e a internet é um dos meios democráticos e acessiveis para que possamos fazer este trabalho.


Por - Barbara Mayara - Núcleo de Comunicação Grupo Luas
Participem do nosso Ning -www.grupoluas.ning.com

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O casamento do Ano!

Primeiro casamento gay público de PE para o Recife

A natureza foi generosa. Às 17:21 da tarde da sexta-feira, dia 04 de setembro, a lua aparecia entre núvens. Ao mesmo tempo, debaixo de uma árvore gigante decorada com flores em tons vermelho, laranja e amarelo acontecia o casamento do ano. A união dos arquitetos Zezinho e Turíbio Santos.


O cenário foi a paisagem verde e a arquitetura de engenho colonial da Coudelaria Souza Leão no bairro da Várzea. Na estrutura montada do lado de fora, pais, padrinhos e amigos eram envolvidos pelo mesmo clima da cena surpreendente e emocionante.

O pastor da Igreja Critã Inclusiva conduziu a cerimônia, mas foram os depoimentos dos familiares que roubaram a cena. Fizeram chorar vários convidados, inclusive famosos. "Chorei pra me acabar" disse o ator e escritor Miguel Falabella ao final do casamento.

Não se via surpresa. Não se via olhares desconfiados. Todos estavam envolvidos e deslumbrados com o que acontecia. A maioria movida pelo carinho com os noivos e outros pela grandeza daquilo tudo.

Foi tudo como um grande casamento. A decoração impecável. A música ambiente ao vivo ao som de violinos. Os fogos colorindo o céu ao final de cerimônia.

Não era um casamento diferente só porque os noivos tinham o mesmo sexo. Foi o casamento do ano, pela diferença e pela grandeza em cada detalhe.

Em cada espaço a sociedade pernambucana se mostrou. Empresários, políticos, diversos profissionais, famílias inteiras, crianças, avós. A união movida pelo amor de dois homens não fez a menor diferença. Foi celebrada com a de qualquer outro casal.

Uma fila imensa se prolongou para a homenagem aos noivos que receberam pacientemente o carinho da maioria dos 800 convidados. Logo depois, eles surgiram atrás do bolo, fizeram o brinde, trocaram beijos e posaram para fotos ao lado de familiares.

O casal reapareceu depois na frente do palco para anunciar o show da noite. A trilha sonora de Rita Lee embalou a todos principalmente a Zezinho e Turíbio que ficaram posicionados em plataforma elevada em meio aos convidados.

Foi a festa de todos os famosos (Romero Brito, Miguel Falabella, Aracy Balabanian, Rita Lee, Marcela Torres - mulher de Marcelo Antony). Também foi de todos os anônimos poderosos. De todos os fotógrafos. De todos os colunistas sociais.

Foi ainda a festa da beleza, sofisticação e requinte em cada detalhe com decoração verde e branca revelada em rosas e avencas. Foi o evento do desfile de modelitos assinados por estilista famosos.

Nunca na história de Pernambuco se viu um casamento assim. Foi um acontecimento não só para a sociedade, mas entrou para a história. A história dos direitos humanos como disse bem a empresária Maria do Céu, ativista e dona da Metrópole.

Como traduziu bem o Dj antes do show de Rita Lee ao tocar Geroge Michel e seu refrão: "freedom, freedom, freedom" (liberdade, liberdade, liberdade).



da Redação do Toda Forma de Amor

Este evento foi capa dos grandes jornais pernambucanos.De certa forma,é uma vitória para todos nós do movimento LGBT.Tivemos visibilidade e mostramos que podemos sim mudar a sociedade.Mas fica as dúvidas para refletimos:

Será que se fosse um casal gay pobre teria tanta visibilidade assim??
Por que nosso evento da Visibilidade lésbica não causou tanta badalação como este casamento??
Por que as nossas necessidades quanto cidadãs e cidadãos não estampam as primeiras páginas dos jornais??

Parabenizo ao casal pela atitude e por mostrar a todos que somos normais quanto qualquer casal.Movidos ao amor,aos bons sentimentos!A vitória é nossa!A luta tem que ser UNIFICADA.BUSCAMOS OS MESMOS OBJETIVOS.Lésbicas,bi,gays e trans so estamos procurando o que é nosso por direito:A CIDADANIA QUE NOS É CONCEDIDA SEGUNDO A CONSTITUIÇÃO!INDEPENDENTE DE COR,RAÇA,CREDO OU ORIENTAÇÃO SEXUAL!

Muita luz para todas e todos -Por Barbara Oliveira

Errata:Esta reportagem saiu um pouco atrasada,porém vale a pena refletimos sobre certas atitudes nas quais possam nos atingir positivamente ou até mesmo negativamente.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Dia da Visibilidade - Um relato do grande evento!!!!!




MULHERES LÉSBICAS NOS ESPAÇOS DE PODER
Unificando a luta contra o machismo, o racismo e a lesbofobia


Ser visível, ser percebida, ser reconhecida e, por fim, ser aceita pela sociedade na qual vive! Essa bem que poderia ser a melhor definição para o que buscamos alcançar com a visibilidade de mulheres lésbicas e bissexuais. Contudo, a possibilidade de se ser aceita enquanto lésbica envolve questões muito mais profundas e que são implicadas nas relações de poder entre homens e mulheres.

O Grupo Luas, nesse ano de 2009, buscou trazer para a discussão da visibilidade lésbica a questão étnica, onde a negritude foi um (se não o maior) foco de nossos esforços e atenções. Dessa maneira pensamos em uma programação que contemplasse a cultura negra, dando ênfase na mulher lésbica e negra.
O espaço utilizado para o evento, por si só, já representou uma importante e histórica conquista para o movimento lésbico em PE. O Teatro do Parque – um dos principais lócus da cultura pernambucana, onde importantes páginas da história de nosso estado foram representadas. É um espaço público, para o público que serviu como “símbolo” de nossas vitórias no intuito da vizibilização daquelas que ainda são invisíveis.
Procuramos “demarcar” bem o nosso espaço e hasteamos a bandeira da diversidade bem no centro do palco, emoldurando o cenário perfeito para nossas atividades e discussões. No centro desse palco tivemos duas “mestres de cerimônias” negras que deram inicio as atividades com a apresentação do grupo, da nossa temática e do que significa a visibilidade lésbica. As atividades artísticas tiveram início com a apresentação de um grupo de coco e outro de maracatu.
Em seguida tivemos uma apresentação de dança afro, com duas jovens negras que “personificaram” a nossa temática e arrebataram o público que esteve presente e atuante durante todo o nosso evento.
Partimos para uma grande roda de diálogos bem no centro do palco do teatro e convidamos a companheira Cinthia Fernanda, lésbica negra e militante do CANDACE, para uma fala política e um relato de vida. Dessa maneira puxamos a roda e discutimos temas relacionados a auto aceitação, ao preconceito e ao respeito e o direito de amar independente do sexo/gênero. Vale destacar a fala de uma mãe, que fez questão de participar, relatando a sua vivência e a felicidade de estar participando de um evento como aquele.
Após a roda, tivemos uma série de recitais de poesias com a temática lésbico-feminista. Contamos com a presença da poetisa Cida Pedrosa, relançando o seu livro “As Filhas de Lilith” e recitando apaixonadamente textos seus. Também esteve em nosso palco o grupo performático “Nós Pós”, recitando poesias. Em seguida abrimos para que o público pudesse recitar suas produções. Encerramos a noite com a apresentação de um grupo de Afoxê e oferecemos um lanche temático, como comidas típicas da influência negra na nossa culinária.
Ao longo do evento estavam ocorrendo exposições artísticas de fotografias e textos produzidos pelas integrantes do grupo bem como uma pequena feira de artesanato.
Acreditamos que alcançamos – se não todos – mas a maioria de nossos objetivos, pois só quando formos respeitadas pela sociedade, só quando nossas reivindicações forem reconhecidas pelo poder público, só quando a nossa forma de amar não for mais tida como pecaminosa e perversa é que poderemos nos considerar empoderadas e deixar o mundo da invisibilidade e nos tornarmos mulheres visíveis!
“Eu existo! Eu exijo!”.











Em parceria com outros grupos, a partir do Pacto Lésbico Feminista, que foi um pacto que surgiu em Brasília, através do SEMINÁRIO NACIONAL DIVERSIDADE DE SUJEITOS E IGUALDADE DE DIREITOS NO SUS, realizado em Brasília. Foi feito este acordo para que as redes de lésbicas trabalhassem em conjunto o SENALE – Seminário Nacional de Lésbica. A partir deste principio, realizamos reuniões, mas ainda não conseguimos trabalhar o SENALE, porque focamos na semana da visibilidade lésbica, como também criando o ComLÉs – Coletivo de Lésbicas e Bissexuais de Pernambuco.

Realizamos em conjunto os seguintes eventos:
24 a 29 de agosto:

Dia 15
Roda de Diálogos sobre Visibilidade Lésbica
Local: Engenho Maranguape (Paulista)
Horário: 15h
** Realizada a roda de dialogo onde conseguimos mobilizar algumas mulheres lésbicas e bissexuais para estar nas outras atividades conosco.

Dias 21 e 22
Panfletagem nos bares e boates
Horário: a partir das 20h
** Divulgação do evento.

Dia 22
Roda de Diálogos sobre Visibilidade Lésbica
Local: Sede do Cidadania Feminina
Horário: 19h
** trabalhamos com um grupo de mulheres lésbicas, bissexuais e heterossexuais de periferia, falando da importância da visibilidade lésbica.

Dia 24
Debate “Visibilidade Lésbica: muita história para contar”
Local: SOS Corpo
Horário: 19:00h
** Fizemos uma apresentação dos diversos grupos de Pernambuco, apresentando um pouco sua história dentro do movimento local, como também fazendo um resgate da história da lesbianidade.

Dia 25/08
Roda de Diálogos sobre Visibilidade Lésbica
Local: Espaço Cultural Muzanzê
Horário: 19h
** Trabalhamos com um grupo de mulheres lésbicas, bissexuais de periferia, falando da importância da visibilidade lésbica.

Dia 26 e 27
Panfletagem no centro de Recife
Horário: a partir das 17h
** Divulgação do evento.

Dia 27
Debate Lesbianidade e Movimento de Mulheres
Local: SOS Corpo
Horário: 19h
** Tentamos realizar junto ao Fórum de Mulheres de Pernambuco e o movimento de mulheres feministas em geral, um dialogo de como e onde tem se encontrado o movimento feminista com o movimento lésbico, já que existem algumas pautas que estão inclusas dentro do movimento feminista que muitas vezes exclui a pauta das mulheres lésbicas e bissexuais.
Das diversas instituições que compõe o Fórum de Mulheres de Pernambuco, apenas uma participou, as outras pessoas participantes foram mobilizadas nas outras rodas de diálogos, parceiros/as e divulgação.. Isso prova mais uma vez que devemos estreitar o dialogo com o Movimento Feminista, incluindo também a pauta das mulheres lésbicas e bissexuais.

Dia 28
Manhã:
Audiência Pública
Local: Assembléia Legislativa
Horário: 9:00 às 12h.
** Foi realizada a audiência convoca pelo Deputado Federal Isaltino Nascimento que é companheiro em todas as atividades do Movimento LGBT em Pernambuco.
A audiência não contou com a participação de outro/a parlamentar, mas acreditamos que existem pessoas dentro da assembléia que tem levado nossas demandas.

Tarde:
II Caminhada de Lésbicas e Bissexuais de Pernambuco Concentração: Parque 13 de maio
Horário: 14:30h
Saída: 16h
** Foi realizada a caminhada pelas ruas do Recife. Contratamos Maracatu, Afoxé, com o apoio da Prefeitura da Cidade do Recife.
O evento foi muito bonito. Conseguimos colocar as mulheres na rua, mostrando a cara e tendo orgulho de ser lésbica, reivindicando nossos direitos.
Paramos as ruas com bandeira, pessoas, som, falas políticas.
Reunimos em torno de 300 (trezentas) pessoas.
Por ser apenas a II caminhada, pois a primeira foi realizada em 2006 com a realização do V Senale, foi um sucesso total, com repercussão na mídia, participação de parlamentares, parceiros/as e com muito respeito do público.

Tarde e Noite:
Ato-Show em Comemoração ao Dia Nacional da Visibilidade Lésbica
Local: Pátio do Carmo
A partir das 17h
**Show na rua, comemorando o dia nacional da visibilidade lésbica, através do projeto da Prefeitura da Cidade do Recife, através do projeto: Quintas da Diversidade.
O evento foi considerado como uma comemoração do sucesso e da união em todas as atividades realizadas em conjunto, através do Pacto Lésbico Feminista.

Realização: Grupo LUAS - Liberdade e União Afetiva Sexual de Lésbicas e Bissexuais. LBL – Liga Brasileira de Lésbicas, CANDACE – Coletivo Nacional de Lésbicas Negras, CEN- Coletivo de Entidades Negras, Grupo de Mulheres Cidadania Feminina e

Apoio: ABL – Articulação Brasileira de Lésbicas, AMHOR, Prefeitura do Recife e Governo do Estado de Pernambuco.

Recife, 04 de setembro de 2009.

Grupo LUAS.

Imagem: Grupo Luas
Texto :Ana Carla Lemos E Jules Lucena

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Visibilidade Lésbica


O Grupo LUAS convida todas e todos para participar do nosso evento de comemoração ao Dia da Visibilidade Lésbica que terá o tema: MULHERES LÉSBICAS NOS ESPAÇOS DE PODER:Unificando a luta contra o Machismo, o Racismo e a Lesbofobia! Com exposição de fotografias, vídeos, peça teatral, dança, música, varal e recital de poesias, exibição de filmes e rodas de diálogo.

A proposta deste evento é Visibilizar o amor entre mulheres e a luta política das lésbicas na busca dos seus direitos, com o intuito de dialogar com a sociedade assuntos relacionados ao machismo, ao racismo e à lesbofobia - utilizando a arte e a cultura como aliadas para o processo de transformação social.





Onde?
Teatro do Parque - Rua do Hospício, Nº 81 - Boa Vista - Recife/PE.

Quando?
Dia 29 de Agosto de 2009 (Próximo sábado)

Que horas?
Das 15h às 22h

Informações: luas2908@gmail.com
8505-43339 (Bárbara) / 8888-3835 (Gal)

Entrada gratuita!


Sua presença é muito importante para nós!



Comunidade no orkut:
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?rl=cpn&cmm=933356700

Organização: Grupo LUAS
Apoio: Elas - Fundo de Investimentos.
Arte:Claúdia Barros

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Uma história de vida...saindo da invisibilidade!


por Bruna Pereira(Militante do LUAS)
"Posso hoje não ser a filha que vocês desejam ter, mas mesmo sendo assim como eu sou hoje, tenham certeza que amo muito vocês. E, se eu passo muito tempo fora de casa é porque eu preciso viver minha vida, da minha forma e ser feliz.
Se, de certa forma, não incluo vocês na minha vida é porque eu não tenho certeza se vocês me aceitam do jeito que eu sou.
Meu jeito de ser tem muito a ver com o fim do meu relacionamento com Marcelo...
Essa história por si só já estava acabada. Não tinha mais futuro para ser vivido. E, paralela a essa história, tem outra história muito mais bonita que vivo e preciso (por mim mesma – para me sentir mais eu)!
Essa história que eu vivo é um relacionamento amoroso com uma mulher!
Sinceramente, não sei a reação de vocês e confesso ter muito medo dela, mas desconfio que vocês já têm certeza disso, e a única função desta carta é confirmar o que vocês já sabem.
Antes de falar do meu medo em confirmar a vocês, quero que vocês saibam o quanto eu sou feliz.... Essa relação me permite ser amada, livre, ser eu mesma!
Não me envergonho e não temo amar uma mulher. A única coisa que tenho medo é a reação de vocês. Tenho medo que esse amor que vocês sentem por mim (tenho certeza que sentem), seja só suficiente se eu for àquela menina que vocês e que toda a sociedade deseja.
Tenho medo que vocês não me amem e não me aceitem porque muitas pessoas da família e da vizinhança provavelmente não me aceitarão...
Só tenho medo de 2 coisas: 1 – É descobrir que o amor que vocês sentem por mim é condicional , que só me ama se eu for como vocês querem. 2 – Esse é meu maior medo: NÃO VIVER MINHA VIDA POR MEDO!
Saibam que eu não vou deixar esse medo me dominar, nem mesmo o primeiro medo.
Para mim, será muito forte se vocês me disserem que não querem que não me aceitam assim e que querem que eu saia da vida de vocês. Se isso acontecer, eu vou me magoar profundamente e pro resto da minha vida. Mas se eu me esconder, eu vou perder minha vida inteira.
Na verdade, eu não fiz nada de errado para temer. O problema é que alguns seres humanos acham que são superiores e que podem determinar o que é “certo” e o que é “errado” (mesmo que queiram determinar regras para a vida de outras pessoas). E pior, MUITA GENTE SE CALA POR MEDO! EU NÃO QUERO TER MEDO! NÃO PRECISO. SOU IGUAL A TODO MUNDO.
Pai – Sei que o senhor depositou confiança em mim, me perguntou se eu me relacionava com alguma das minhas amigas e eu respondi não. Queria só que o senhor entendesse o quanto era difícil para mim confirmar se eu não tinha estrutura interna para sofrer as conseqüências...
Mãe – Aquela carta que a senhora leu, fui eu mesma quem escreveu e falava minimamente do amor que eu sinto por ela e do início da nossa história... Já tem pouco mais de 1 ano e nosso amor hoje está muito mais bonito!
É muito ruim escrever para vocês, pois não sei o que vai ser daqui pra frente. Só o que sei é que não quero mais mentir para vocês. Quero que vocês saibam o quanto eu sou feliz. Gostaria muito que vocês participassem da minha felicidade comigo!
Estou disposta a ser feliz e farei o necessário para isso!
Espero que vocês me enxerguem com o amor e o sentimento de vocês e não com o sentimento que outras pessoas irão sentir. Espero que vocês sejam fortes para dizer: Deixem minha filha ser feliz não importa o que ela faça ou seja, ela tem direito de ser feliz.
Pensem em mim com o carinho de vocês porque é só o que me interessa. Se eu tiver esse carinho, o resto eu encaro sem nenhum problema.
Espero não ser julgada pelos olhos do preconceito, espero ser enxergada como filha.
Estarei aguardando o momento de vocês para conversarmos, pois agora me sinto segura para encarar vocês e ouvir qualquer coisa que tenham para dizer por que eu sou feliz da forma que sou e vou viver minha vida independente de qualquer pessoa que esteja ao meu lado ou contra mim..."
E no próximo post contaremos o decorrer desta história.Nossa guerreira com doçura e firmeza,luta pelos direitos de ser feliz independente da sua orientação diante da sua família e sociedade.É muito bom ser o que é sem perder sua essência,sem esconder seus sentimentos,sem vestir a máscara da hipocrisia...Sair de cara limpa e gritar para o mundo:EU SOU MULHER QUE AMA VERDADEIRAMENTE UMA MULHER!
Bruna Pereira:Um exemplo de luta!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

PCR LANÇA A CÉDULA DE VOTAÇÃO DA PLENÁRIA TEMÁTICA OP LGBT E ANUNCIA APOIO À 8ª PARADA DA DIVERSIDADE

22:15 Segunda-feira, 3 de Agosto de 2009

O prefeito do Recife, João da Costa, lança, nesta terça-feira (04), às 10h, a cédula de votação da Plenária Temática do Orçamento Participativo LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais). O ato acontece no Gabinete do Prefeito, no 9º andar da Prefeitura do Recife.
No evento o prefeito anunciará o apoio da PCR à 8ª Parada da Diversidade, que acontecerá no dia 20 de setembro, da Rua Ribeiro de Brito (Boa Viagem) até a Rua Tomé Gibson (Pina), percurso solicitado pelo segmento e que deve ser cumprido das 14h às 17h.

Fonte:Site PCR(Prefeitura da Cidade do Recife)

Que os nossos governantes lembrem-se que é obrigação destes providenciar a igualdade social,independente de cor,gÊnero,orientação e classe social.Nossa luta ainda será árdua mas estamos começando a ganhar as pequenas batalhas!Não somos útopicos,somos idealistas e promotores de uma caminhada para uma sociedade justa,coerente e livre de preconceitos.Não queremos favores,queremos os nossos direitos ja que cumprimos nossos deveres de cidadãos.
Abaixo a marginalização da diversidade,por mais que seja "chavão ou lugar-comum" é uma afirmação:Somos todos iguais!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Opressão de gênero e Lesbofobia:Até quando?

Lesbofobia por Silvana Conti - Presidenta do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Porto Alegre, Integrante da Executiva Nacional da LBL.

29 de Agosto – Dia Nacional da Visibilidade Lésbica!

Nós, Mulheres que amamos Mulheres e fazemos sexo com Mulheres,
acreditamos, e lutamos para construir, um mundo:
• Sem pobreza, poluição, injustiça e corrupção;
• Um mundo que funciona para todas e todos, em todo lugar;
• Um mundo de igualdade e diversidade;
• Que respeita seu ambiente e as pessoas que o habitam. Onde os valores
humanos, éticos e espirituais são mais importantes que as coisas materiais;
• Onde não exista nenhuma forma de discriminação por motivos de orientação,
expressão e identidade sexual e onde os direitos das lésbicas e bissexuais sejam
garantidos.
Lutamos:
• Contra os capitalismos, os fundamentalismos religiosos e heterossexistas e
todas as formas de violência, discriminação, estigmatização e desrespeito;(Trecho retirado da Carta de Princípios da Liga Brasileira de Lésbicas)
Nossa luta precisa ser diária, para que realmente possamos combater as
desigualdades e opressões existentes em nossa sociedade.
No relatório "Fortalecimento das Mulheres: Medindo a Desigualdade entre os
Sexos", divulgado em JUNHO de 2005, pelo Fórum Econômico Mundial, sediado em
Davos, o Brasil ocupa a posição de número 51 entre os 58 países pesquisados no
ranking que mede a desigualdade entre mulheres e homens.
A pesquisa foi baseada em cinco indicadores:
• Diferença de remuneração entre os sexos para as mesmas funções de
trabalho;
• Acesso das mulheres a cargos de alta remuneração;
• Participação política;
• Acesso à Educação;
• Acesso à Saúde
A busca do respeito pela diferença e a promoção da felicidade, devem ser
vistos como fundamentais para a agenda social deste milênio.
A questão não é ser Lésbica e sim, a lesbofobia que enfrentamos a cada dia,
nessa sociedade regida pelo heteropatriarcado, pelo sexismo, pelo elitismo e pelos
fundamentalismos que excluem e tão brutalmente destroem vidas e sentimentos,
impedindo que nos expressemos livremente.
Compreendemos a exclusão social como uma forma variada de perdas de
direitos básicos, que está associada à falta de acesso a bens e serviços em
diferentes áreas, setores, segmentos, bem como à falta de acesso ou não
existência de políticas públicas, referentes à geração de emprego e renda, a
educação, saúde, cultura, assistência social etc. Portanto, estar excluída é ter
rompido um vínculo social.
É preciso considerar o processo de exclusão existindo a partir de
determinadas opções ideológicas, de classe social, gênero, raça/etnia, orientação e
expressão sexual, necessidades especiais, enfim, condições sociais e individuais
exigidas para atingir as suas necessidades. Portanto, é um processo múltiplo que se
compõe de situações de apartação de condições de autonomia do desenvolvimento
humano, qualidade de vida, dignidade e igualdade de oportunidades e de direitos.
Nós, Lésbicas, temos que lutar pela nossa visibilidade e empoderamento, para
que através dos movimentos sociais, possamos exigir políticas públicas que nos
enxerguem, nos respeitem, nos contemplem e nos tratem com dignidade.
Na área da Educação, acreditamos que desde a Educação Infantil, as crianças
e adolescentes devem estudar, discutir, refletir, sobre as questões de gênero,
classe, raça/etnia e orientação sexual, tendo continuidade destes conteúdos, em
todos os níveis de ensino.
Acreditamos que a educação, é uma das ferramentas de transformação desta
sociedade que exige um padrão de “normalidade”, que acaba privilegiando quem é
homem... branco... que tem dinheiro... que tem um padrão estético de beleza exigido
pelas passarelas da moda vigente: Alto/a, magra/o, “boa aparência”(isto significa
ser branca, magra e de cabelos lisos).
Até quando vamos ser coniventes com esta hipocrisia que classifica as pessoas
pela cor, pelas propriedades que possui, e pela sua orientação sexual?
Na área da Saúde, até quando todas as mulheres serão tratadas como
heterossexuais?
Entendemos que as/os profissionais devem estar capacitados/as e
sensibilizados/as, para que as Lésbicas e Bissexuais se sintam acolhidas, visíveis,
fazendo parte daquele espaço.
Na área da Assistência Social, que tipo de organização familiar tem direito
aos benefícios do Governo?
Duas Mulheres que vivem juntas, recebem a bolsa família?
Temos muitas lutas, mas a mudança da Constituição Brasileira no que se
refere ao conceito de família, em nossa avaliação, deve ser efetivada com
urgência:”...Art.226 – Instituição composta por pessoas independente da
orientação sexual...”
Enquanto a mudança não acontece, a exclusão continua, pois a família
reconhecida, é aquela composta por um homem e uma mulher.
Estamos vivendo um momento político, onde temos que aglutinar forças,
construir estratégias que reconstituam e resignifiquem os laços e vínculos sociais,
pautadas em práticas solidárias e coletivas na perspectiva de um projeto
alternativo, transparente,ético e revolucionário.
Até quando só os casais heterossexuais poderão adotar filhos?
Quando teremos o direito à licença maternidade?
No século XXI, a questão da violência contra a mulher parece assumir
espaço crescente nas agendas sociais dos governos nacionais.
A Declaração de Beijing(1995), por exemplo, é o resultado de um evento
singular, que marca o coroamento de uma luta iniciada pelas feministas décadas
antes, e que instaura definitivamente um espaço internacional para o debate sobre
as questões de gênero. Neste documento, a prevenção e a eliminação de “todas as
formas de violência contra as mulheres e as meninas” é sugerida como valor máximo.
A violência contra nós mulheres lésbicas, todavia, parece ainda constituir segmento
secundário de interesse.
A Organização das Nações Unidas, na década de 90 do século passado,
intensificou os esforços no sentido de construir, conjuntamente com representantes
das mais diversas áreas dos governos e da sociedade civil organizada, uma agenda
social que levasse em conta questões como a promoção da liberdade e da igualdade
de gênero e a luta contra a violência sofrida pelas mulheres.
Desde a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação
Contra a Mulher(1979), e com a recente Convenção Interamericana para Prevenir,
Punir e Erradicar a Violência Contra A Mulher - Convenção de Belém do Pará(1994), e
também as Conferências de 1993(Conferência Mundial sobre Direitos Humanos -
Viena), de 1994(Conferência Internacional de População e Desenvolvimento - Cairo) e
as de 1995( Conferência de Cúpula para o Desenvolvimento Social - Copenhague; e a Conferência Mundial sobre a Mulher, Desenvolvimento e Paz - Pequim), diversas
plataformas de ação têm sido sugeridas para essa nova agenda social.
Em 2005, no 10º Encontro Feminista Latino Americano e do Caribe, o
segmento de Lésbicas, obteve lugar de destaque.
A questão da Lesbianidade foi pautada como um dos eixos principais.
No dia 11 de Outubro aconteceu os Diálogos Complexos com o tema:
Feminismo e Lesbianidade: Sexualidades e Democracia
Muitas Lésbicas Feministas, e a maioria das presentes ao encontro, aprovaram a
inclusão das Transexuais no próximo encontro, que será realizado no México, em 2008.
Os Encontros Feministas foram cenários de debates fundamentais para o
feminismo e o movimento social das mulheres nestes mais de 20 anos. Por exemplo: A
definição do 25 de Novembro como data de luta contra a violência à Mulher aconteceu
no 1º Encontro(Colômbia,1981). O 28 de Setembro, Dia de Luta pela Descriminalização
do Aborto na América Latina e Caribe, foi criado no Encontro de 1990, realizado na
Argentina.
Os Encontros também trataram de discussões-chave para o feminismo, a partir
dos anos 90:
• A relação do feminismo com os diversos movimentos sociais;
• Globalização, exclusão social e justiça de gênero;
As questões da inclusão e da expansão do movimento feminista, pensadas a partir da
crítica ao feminismo realizada pelos movimentos de Lésbicas, Negras,Jovens,etc.
Tais iniciativas têm buscado constituir um conjunto de princípios gerais a
partir dos quais sociedades mais igualitárias possam se autogerir.
O direito de decidir sobre a nossa vida, nossos corpos, nossos amores, nossos
prazeres, nossa felicidade, não interessa para quem quer manter os padrões
hipócritas desta sociedade Lesbofóbica que excluí, humilha e marginaliza quem tem a
coragem de "saber a dor e a delícia de ser o que é..."
Como surgiu o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica!!
Contando um pouco da nossa história...
O Seminário Nacional de Lésbicas - SENALE, é um espaço fundamental de
debates e que pretende contribuir na construção de uma sociedade com igualdade de
direitos e respeito às diferenças. Sua realização constitui um momento de
fortalecimento da nossa organização política e de dar visibilidade a nossa luta e a
nossa condição sexual.
O SENALE surgiu da necessidade de se ter um espaço no Brasil onde a questão
específica das lésbicas pudesse ser discutida de uma forma mais ampla e democrática,
já que o espaço dos encontros mistos se mostrava insuficiente.
Muitas lembram do I SENALE que aconteceu no Rio de Janeiro, em agosto de
1996 e que teve como eixo de discussão o tema: “Visibilidade, Saúde e Organização”.
Esse Seminário, realizado em 29 de Agosto de 1996, marcou uma nova página na
história da organização das Lésbicas no Brasil e a conquista de um espaço de discussão
voltado exclusivamente para as Lésbicas. A partir deste dia, constituímos o 29 de
agosto - Dia Nacional da Visibilidade Lésbica. Desde então, a cada ano nesta
data simbólica vamos às ruas, com as nossas bandeiras para exigir respeito a nossa
cidadania, políticas públicas e absoluto respeito à nossa forma de amar.(Trecho retitado do Texto: Rumo ao VI SENALE, escrito por Carmen Luiz, Lurdinha, Rita Quadros e Silvana
Conti)
Em Maio de 2006, aconteceu o VI Seminário Nacional de Lésbicas, no Recife.
O temário central do VI SENALE foi: “Movimento de Mulheres Lésbicas como
Sujeito Político: Poder e Democracia.
Nas mesas principais discutimos as seguintes questões:
• Movimento de Mulheres Lésbicas, Políticas Públicas e Controle Social
• Mídia e Visibilidade Lésbica
• Lésbicas e Programa Brasil sem Homofobia
• Plenária Final/ Construção de Agenda Política do Movimento de Mulheres
Lésbicas
Abordamos com profundidade a questão do Movimento de Lésbicas enquanto
sujeito político, entendendo que precisamos cotidianamente lutar para garantir
nossa existência, à fim de exigirmos respeito e ações efetivas do poder público em
relação as nossas especificidades.
A constituição da esfera da política foi historicamente realizada como um
domínio dos homens.
Estamos construindo um movimento político que confronte a relação entre
liberdade pública e dominação privada, o que já traz uma exigência de radicalidade
no sentido de pensar democracia não só como um sistema político, mas como uma
forma própria de organização da vida social.
Para a construção do sujeito político, conhecer e agir, são dimensões
inseparáveis. A produção do conhecimento é também uma esfera da dominação
masculina.
Dominação simbólica, diretamente voltada para reprodução da dominação e da
exploração material, patriarcal e capitalista.
Existe no movimento de Lésbicas e Bissexuais, uma diversidade de
organizações, grupos, concepções, métodos, lutas; e também desigualdades entre
as Lésbicas e Bissexuais: Somos de classes desiguais, empregadas, desempregadas,
profissionais do sexo e de diversas áreas, raças diferentes, as negras e outras etnias são muito mais discriminadas, somos ciganas, deficientes, urbanas, rurais...
Enfim, sofremos opressões múltiplas: de classe, gênero, raça, deficiências,
geracional, orientação sexual...
Precisamos viver os conflitos internos do movimento, enfrentando
democraticamente nossas concepções e métodos. Também precisamos buscar
alternativas para lutarmos juntas nas questões que nos aproximam, convivendo com
as diferenças do que não nos é comum.
Acreditamos que todas desejamos exercer o direito de sermos sujeitos
políticos, todas lutamos contra a Lesbofobia.
Nosso desafio, é buscarmos ter relações transparentes, democráticas,
solidárias, buscando não aceitar a idéia que os fins justificam os meios.
Não necessitamos buscar uma totalidade, ou instaurar modelos fechados.
Precisamos exercitar a capacidade de enfrentarmos as diferenças e conflitos,
de forma respeitosa.(Trecho retirado da fala no VI SENALE)
Para finalizar:
Quero compartilhar um conceito de COSMOVISÃO AFRICANA:
“Concepção ou visão de mundo que privilegia a participação, obedecendo aos
princípios de inclusão, complementaridade, integração, respeito às diversidades e
às diferenças”
Talvez este seja o nosso maior desafio!
Penso que temos muito que aprender com nossas irmãs e irmãos Afro-
Brasileiras/os.
Buscando entender e respeitar os valores civilizatórios, deste povo que nos deu e
dá uma lição de resistência, organização e coragem.
Referências Bibliográficas:
1 - Engendrando um novo feminismo - Mulheres Líderes de Base
2 - Revista Projeto Olhares - Ação para Visibilidade Lésbica em Porto Alegre/ 2003
3 - A Justiça e os Direitos de Gays e Lésbicas. Jurisprudência Comentada.
Organizadores: Célio Golin, Fernando Pocahy, Roger Raupp Rios – Nuances -

Fonte do texto:
http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/observatorio/usu_doc/condim29.pdf


Espero que este texto contribua para nosso conhecimento e nos estimule a militar conscientemente pelos nossos direitos!

Dúvidas e Sugestões:
comunicacaoluas@gmail.com

terça-feira, 28 de julho de 2009

Grupo de Estudo do Núcleo Pedagógico

Gênero
Por Jules Lucena
Por muito tempo, a História de Gênero limitava-se somente aos estudos das mulheres por vezes sob uma abordagem dicotômica e binária de homem x mulher, natural x cultural, razão x paixão. Ao longo desse caminho, várias foram as dificuldades teóricas para as(os) estudiosas(os) de gênero que, baseadas nessa constante separação, pareciam anular a condição de uma “solidificação” na construção do conceito de gênero que muitas vezes limitava-se a sexualidade enquanto elemento definidor do “ser homem” e o do “ser mulher”. Porém, a partir da década de 1960 as análises mais abrangentes de gênero e sexualidade estavam nos discursos, não mais silenciados ou sussurrados sob a égide de uma sociedade “androcêntrica” (centrada no homem), mas passíveis de representações que trazem novas luzes sobre as relações de gênero e poder.
A princípio, as mulheres, dentro da categoria de gênero passaram a ser vistas e analisadas a partir de práticas culturais e de interpretações que são construídas e discursadas com objetivos claros e é dessa maneira que as definições de gênero e sua complexidade enquanto campo da História são fruto de uma nova episteme das ciências sociais.
Por muito tempo os estudos de gênero eram sinônimo de mulheres apenas, desconsiderando a participação dos homens enquanto categoria de análise sócio cultural. As novas perspectivas permitem analisar, comparar, confrontar e, acima de tudo, relacionar os gêneros de forma a tornar ainda mais abrangente a análise e a contribuição social de ambos.
Sendo assim, ser mulher e ser homem passou a ser construção cultural, ou seja, não se nasce homem e mulher, mesmo o biológico tendo sua importância, percebe-se que, antes de tudo, o gênero é uma construção e as relações de poder transformam homens e mulheres em sujeitos, e esses sujeitos são construídos discursivamente. Esses sujeitos de gênero e de sexualidade são produzidos e reproduzidos de forma continua ao longo da história, e mulheres e homens produzem-se de diversas maneiras, em uma constante de possibilidades, sociabilidades e instabilidades.
Dessa maneira, os estudos de gênero tornaram-se plurais ao perceber a importância de se analisar as identidades, as subjetividades e a diversidade nas relações humanas. Não mais se prendendo às barreiras da “heteronormatividade”, quebrando até mesmo com uma possível “homonormatividade” a partir das novas abordagens da “Teoria Queer” e da Performatividade. Onde ser mulher e ser homem não está mais preso a biologia de apenas dois sexos.
Dúvidas e Sugestões :

terça-feira, 30 de junho de 2009

Breve histórico...

O LUAS começou como um simples Periódico Lésbico Feminista, nascido das idéias militantes de duas lésbicas feministas: Elisângela Nunes e Ana Carla Lemos. Percebendo a necessidade de publicizar sobre direitos humanos com relação a lesbianidade decidiram fazer isso a partir da criação de um Informativo: Jornal LUAS. Que desde o início tornou-se mensal.
Um das metas do jornal é levar às pessoas, que não têm acesso às informações do mundo LBGT, e, também, para as pessoas que não tem acesso à Internet, informações sobre militância, direitos humanos, oportunizando o conhecimento e provocando um pouco da compreensão da Diversidade Sexual, especificamente no que diz respeito ao amor entre mulheres.

A primeira edição foi distribuída em novembro de 2006.

Logo, como resultado das intervenções individuais e coletivas destas ativistas, se viram traçando um caminho possível em direção a criação de um grupo de lésbicas feministas, percebendo-se dai a necessidade de um trabalho que envolve-se as especificidades das mulheres lésbicas e bissexuais no estado de Pernambuco.

Surgindo assim os primeiros passos para a criação do Grupo LUAS em março de 2007.

O Grupo LUAS, tem como missão:

Empoderar e fortalecer politicamente o público LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis e Transexuais), contribuindo para inserção do mesmo nos movimentos sociais, desmistificando o preconceito e todas as formas de violências por orientação sexual, contribuindo para o controle social e efetivação de políticas públicas que garantam os Direitos Humanos de todas/os.

Objetivo:

O Grupo LUAS tem por objetivo trabalhar com o público LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais Travestis e Transexuais) de base, através de ações e intervenções sócio-educativas sobre saúde/direitos humanos, gênero/feminismo, diversidade sexual, direitos sexuais/reprodutivos e arte/cultura, tendo como princípios:

Plataforma Política Feminista;
Eqüidade de Gênero;
Direitos Humanos.


Princípios e valores:

Transparência
Ética
Respeito
Cuidado
Coerência entre o discurso e a prática
Autonomia
Práxis (diálogo entre a teoria e a prática)
Confiança
Afetividade
Horizontalidade

Temas de trabalho prioritários:

Saúde e Direitos Humanos;
Gênero e Feminismo;
Diversidade Sexual: Lesbianidade/homossexualidade/bissexualidade/transexualidade/heterossexualidade
Direitos Sexuais e Reprodutivos;
Arte e cultura;
Tema transversal: Raça/etnia/juventude.

Trabalho em rede e parcerias:

Municipais: NUCH – Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania Homossexual da UFPE, Movimento Gay Leões do Norte, GLOS – Gerência da Livre Orientação Sexual, AMHOR, Fórum LGBT de PE.Estaduais: Fórum LGBT de Pernambuco.Nacionais: ABL, ABGLT. Representações Institucionais:Representação Estadual da ABL;Rede Nordeste LGBT;Coordenação do Fórum LGBT de Pernambuco.

Núcleos:

Comunicação;
Pedagógico;
Mobilização de Recursos e Articulação Política;
Arte e Cultura.

Sejam bem vindas ao nosso blog diário.

Contatos:

comunicacaoluas@gmail.com


by Núcleo de Comunicação Grupo Luas.